quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
┼ Lobos ┼
Foi a partir do lobo que todos os cães evoluíram. Atualmente, o lobo possui características marcantes que o separam do cão.
Curioso é o modo como bebem água, enquanto o cão utiliza a língua para trazer a água à boca, o lobo sorve a água como se fosse um aspirador. Os lobos vivem em alcatéias que podem conter entre 5 e 10 elementos, dependendo do próprio núcleo familiar e da altura do ano. Em todas as alcatéias há um líder, que é respeitado pelos demais e que guia todo o grupo pelo seu território.
Os lobos têm duas pelagens distintas, a de Inverno, mais densa, de maior comprimento e de cor acinzentada, que cai no início da Primavera. Nasce então uma pelagem mais curta, que fica até ao início do Inverno, com uma tonalidade de cor mais acastanhada, que lhe confere maior capacidade de camuflagem.
Habitat
Vive hoje nas regiões setentrionais da Europa, Ásia e América. O lobo raramente se isola de seu círculo familiar. Na primavera, a fêmea escolhe um abrigo, junto a uma rocha ou sob uma árvore, e aí prepara um leito de folhas e pêlos, para dar luz à seus filhotes.
----------------------------------------------------------------------------------
Malamute-do-alasca
é uma antiga raça de cães nórdicos. São cães primitivos, selecionados pela natureza para sobreviverem ao frio Ártico. O seu nome deriva da tribo nativa Mahlemuts do noroeste do Alasca que utilizava esses cães para arrastar trenós, barcas da margem, de bancos de gelo e ajudar nas caçadas. São cães magníficos com aparência de lobo.
---------------------------------------------------------------------------------
Lobo-Cinzento
O lobo-cinzento é uma das 35 espécies de mamíferos que pertencem à família dos Canídeos, na qual se incluem o coiote, o chacal, a raposa e o cachorro. Acredita-se que essa família se originou na América do Norte, durante o Eoceno. A área de distribuição do lobo-cinzento se estende pela América do Norte e pela Eurásia. Ocupa uma grande variedade de habitats, incluindo zonas montanhosas, planícies, florestas, a tundra e a taiga.
Eles são capazes de percorrer várias longas distâncias em cerca de 10 quilômetros por hora e são conhecidos por atingir velocidades próximas à 65 quilômetros por hora durante uma perseguição. Uma loba-cinzanta foi registrado por ter atingido 7 metros de limites ao perseguir presas. As garras das patas dianteiras são maiores do que as patas traseiras, onde há um quinto dedo que está ausente nas patas traseiras. As patas do lobo-cinzento são capazes de pisar facilmente em uma variedade de terrenos, especialmente na neve. Existe uma fica camada de pele entre cada dedo, o que lhes permite deslocar sobre a neve mais facilmente do que comparativamente as presas prejudicadas. Os lobos cinzentos são digitígrados, que com a grandeza relativa de suas patas, ajudam a distribuir bem o seu peso em superfícies nevadas. Pêlos e unhas reforçam a aderência em superfícies escorregadias e os vasos sanguíneos especiais mantem as patas aquecidas do congelamento.
Lobo- vermelho
(Canis rufus) é uma espécie de lobo em perigo crítico de extinção, devido a pressões ecológicas.
O lobo-vermelho é nativo da América do Norte e a sua área de distribuição era, originalmente, toda a zona sudeste dos Estados Unidos, leste da Pennsylvania, sul da Flórida e no sudeste do Texas. Hoje em dia existem apenas cerca de 250 exemplares, dos quais 200 encontram-se em cativeiro.
Costuma caçar nútrias, coelhos, pássaros e outros pequenos roedores. Mas a população reintroduzida na Carolina do Norte também caça guaxinins e veados-de-rabo-branco. O corpo e a cabeça medem de 95 a 120 cm e a cauda de 25 a 35 cm. Em média pesam de 25 a 27 kg.
Vivendo em liberdade, normalmente, possuem um único parceiro por toda a vida. Atingem a maturidade sexual no segundo ou terceiro ano de vida. O período de reprodução ocorre nos meses de Fevereiro e Abril. A fêmea às vezes é ajudada pelo macho a cavar ou encontrar uma boa toca para ter seus filhotes. Os filhotes nascem com os olhos completamente fechados e durante os 2 primeiros meses de vida são totalmente dependentes da mãe. Costumam permanecer com os pais até atingirem a maturidade, formando pequenos grupos familiares ou pequenos bandos. Estes grupos ocupam uma área que pode variar de 15 a 160 Km².
Acredita-se que o lobo-vermelho é um híbrido fértil do cruzamento entre o lobo cinzento e o coiote. Dessa forma, o conceito de espécie por isolamento reprodutivo não é aplicável ao lobo-vermelho.
Lobo-pré-histórico
(Canis dirus) é um mamífero extinto da família Canidae que habitou a América do Norte no Plistocénico até há cerca de 10.000 anos. Apesar de estar relacionado com o lobo-cinzento (e por consequência com o cão) e de ser seu contemporâneo, não é considerado antepassado de nenhuma destas espécies.
O lobo-pré-histórico era semelhante ao lobo-cinzento em tamanho e aspecto geral, medindo cerca de 1,5 metros de comprimeto com cerca de 50 kg de peso. É provável que vivesse em alcateias unidas por laços familiares e que caçasse em grupo. A principal diferença entre as espécies encontra-se na estrutura do esqueleto, mais massivo e pesado no lobo-pré-histórico. Esta espécie tinha patas proporcionalmente mais curtas, cabeça maior e mais pesada, mas menor capacidade craniana. Os dentes do lobo-pré-histórico eram também maiores e mais fortes que os do lobo-cinzento, capazes de esmagar ossos. Estas características sugerem que não fosse um bom corredor e que se alimentasse à base de animais lentos e de grande porte, de presas incapacitadas e carcaças, um pouco como as hienas actualmente, mas também como outros predadores seus contemporâneos, os felinos de dentes de sabre como o Smilodon, que também apresentavam adaptações evolutivas para a caça ativa de animais de grande porte.
O lobo-pré-histórico evoluíu provavelmente na América do Sul e surge no registo fóssil da América do Norte há cerca de 100.000 anos. A espécie depressa se tornou num predador de topo mas entrou em declínio há 16.000 anos, coincidindo com a chegada dos primeiros humanos ao continente americano através do Estreito de Bering. As causas para a extinção do lobo-pré-histórico não são conhecidas com toda a clareza, mas supõe-se que estejam relacionadas com o impacto do Homem na megafauna da América do Norte. À medida que as suas presas tradicionais, como os megatérios, iam desaparecendo, o lobo-pré-histórico foi empurrado para uma dieta essencialmente necrófaga e extinguiu-se há 10.000 anos. Em contraste, o lobo-cinzento que se alimentava de animais mais pequenos e velozes que sobreviveram à chegada do homem, não sofreu qualquer impacto e mantém-se até aos dias de hoje.
Os primeiros fósseis de lobos-pré-históricos foram descobertos por Francis Lick nas margens do rio Ohio em 1854, mas a principal jazida desta espécie são os poços de betume de La Brea na Califórnia onde se descobriram mais de 3.600 exemplares.
Os lobisomens
Aparecem em muitas histórias antigas. Em algumas histórias, eles próprios se transformam em lobos. Podem conseguir isso cobrindo-se com uma pele de lobo, bebendo água depositada em uma pegada de lobo ou esfregando um ungüento mágico sobre o corpo. Em outras lendas, as pessoas são transformadas pelo poder mágico de outras.
Pelo mundo todo, lendas e superstições mostram o lobisomem como um personagem maligno. De acordo com antigas crenças, é um homem que possui a maldição ou poder de transformar-se em lobo durante a noite, em particular sob a influência da lua. Presumia-se que a maldição era contraída através da mordida de um outro lobisomem, ou amaldiçoada por um mago. A imagem mais comum é a de uma criatura do mal, percorrendo a noite em busca de vítimas, tanto animais quanto humanas. Os lobisomens, na maior parte das histórias, tentam comer as pessoas. As pessoas que são ameaçadas pelos lobisomens usam vários métodos para trazê-los de volta à forma humana. Entre esses métodos incluem-se dizer o verdadeiro nome do lobisomem, bater três vezes na testa dele e fazer o sinal-da-cruz. De acordo com as histórias, um modo de se descobrir a identidade do lobisomem é ferí-lo depois procurar uma pessoa que tenha os mesmos ferimentos.
As histórias sobre os lobisomens já foram muito comuns na Europa, com vários nomes, e se difunde no Brasil pelas vilas e roças. É um homem que se transforma em lobo ou cão. Geralmente é descrito como um homem recoberto de pêlos de lobo que, nas altas horas de Sexta-feira, sai à procura de suas vítimas, de quem bebe o sangue. Lendas de outras partes do mundo contam sobre pessoas que se transformaram em outras espécies de animais. Entre esses animais estão os tigres, em Mianmá e na Índia; as raposas, na China e no Japão; os leopardos, na África ocidental; e as onças, entre os índios da América do Sul.
A palavra técnica para lobisomem é licantropo. Essa palavra vem do nome de um rei da mitologia grega, Licaão, que foi transformado em lobo pelo deus Zeus. Licantropia é uma forma de doença mental em que a pessoa imagina que é um lobo.
Lendas e superstições mostram o lobisomem como um personagem malígno. Um homem ou espírito na forma de um lobo que vaga pela terra à noite. De acordo com antigas crênças, é um homem que possui a habilidade da transmutação em um lobo durante a noite, em particular sob a influência da lua.
Esse termo foi originalmente usado para descrever um homem capaz de transformar-se em um lobo, mas hoje é mais utilizada na psiquiatria para descrever um bem conheçido tipo de alucinação. É uma doença psicológica a qual o efeito é a crênça, por parte do infectado, de que seja realmente um lobisomem. Em muitos casos Lincantropia é o resultado de um ocorrido desejo por poder ou até mesmo desejos sexuais reprimidos. Mas existem alguns lincantropos que são mais afetados mentalmente do que outros, tornando-os muito perigosos por seus arredores, e até por matar em extremo.
As lendas sobre Lobisomens tiveram início na França, no séc. XV. Mais de 30.000 ações judiciais contra Lobisomens aconteçeram. E quase 100 delas foram executadas pois eles teriam cometido seus crimes na forma de um lobo. Na verdade esses pobres diabos eram apenas Lincantropos.
Não se sabe exatamente quando os Lobisomens apareceram. A primeira aparição deve ter ocorrido no século 5 a.C., quando os Gregos, estabelecidos na costa do Mar Negro, levaram estrangeiros de outras regiões para mágicos capazes de transformar a si mesmos em lobos. Os anciãos diziam que essa metamorfose tornava possível a aquisição da força e astúcia de uma fera selvagem, mas os Lobisomens retiam suas vozes e vislumbre humanos fazendo com que não fosse possível distingui-los de um animal comum. Por outro lado, a verdadeira e mais comum lenda dos Lobisomens nasceu em terras francesas.
De acordo com as lendas, existem quatro formas de alguém se tornar um Lobisomem. Elas vêm a seguir:
1a: Pela própria maldição, resulta em o que é chamado de Lobisomem Alpha, que pode ser visto como o primeiro Lobisomem de uma grande família. O desafortunado indivíduo ganha a perversa maldição por ter desafiado ou destruído um poderoso mago. Ele irá perceber que está amaldiçoado na primeira noite de lua cheia, depois do encantamento. A primeira metamorfose é a mais traumática e uma completa surpresa.
2a: Transmissão hereditária devido ao fato da criança do Lobisomem obter a mesma maldição de seu pai ou mãe. É exatamente o mesmo resultado de ser mordido por um Lobisomem. Se um Lobisomem decidir transmitir a maldição para outra pessoa, é suficiente que ele a morda. Mas normalmente, o Lobisomem irá considerar muito cruel amaldiçoar alguém dessa forma, então escolherá matar e devorar a vítima.
3a: Sobreviver à um ataque: Se alguém for mordido e sobreviver, ele vai dormir bastante nas próximas semanas enquanto a doença se propaga por seu corpo. Com a primeira lua cheia, a vítima vai descobrir seu novo e maléfico potencial e um incontrolável desejo de sangue (não limitado à humanos).
4a: Um método discutível de se tornar um Lobisomem é ser mordido por um Lobo que decide amaldiçoar um homem, por qualquer rasão. O princípio continua então como a maldição por mágica, não significando doença, mas metamorfose na primeira noite de lua cheia.
Hierarquia das Famílias
Um Lobisomem Alpha pode gerar uma série de Lobisomens Beta na terra, tanto por reprodução quanto através de mordida. Este deve absolutamente manter a lealdade dos Lobisomens Beta, porque se não, como são imortais, o resultado será sangrentas batalhas pela liderança da alcatéia. Certos Lobisomens rebeldes podem instigar atritos em uma alcatéia. Sem dúvida, os Lobisomem Alpha, mesmo sendo o líder, não pode realmente machucar um Lobisomen Beta de sua família, pois neste caso todos os danos que ele infligir, serão também infligidos nele próprio, podendo levar à morte. Por outro lado, um Lobisomem Beta pode matar um Lobisomem Alpha sem dificuldade e, assim, libertá-lo da maldição. Para a sorte do Lobisomem Alpha, a alcatéia pode controlar os rebeldes, pois um Lobisomem Beta pode matar outro Lobisomem Beta sem problemas. Usualmente, o Lobisomem Alpha é protegido por um ou mais Lobisomens Beta.
É similar à árvore genealógica onde nenhum pode ferir seus descendentes, mas sim, ferir seus ancestrais e irmãos e , ainda, com o fato de que matar um ancestral irá causar uma quebra na cadeia e abençoar todos da mesma família. A maldição é quebrada quando o Lobisomem Alpha é eliminado.
Diz a lenda que quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho é homem, esse menino será um Lobisomem. Também o será, o filho de mulher amancebada com um Padre.
Sempre pálido, magro e orelhas compridas, o menino nasce normal. Porém, logo que ele completa 13 anos, a maldição começa.
Na primeira noite de terça ou sexta-feira, depois do aniversário, ele sai à noite e vai até um encruzilhada. Ali, no silêncio da noite, se transforma em Lobisomem pela primeira vez, e uiva para a lua.
Daí em diante, toda terça ou sexta-feira, ele corre pelas ruas ou estradas desertas com uma matilha de cachorros latindo atrás. Nessa noite, ele visita, 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde passa, açoita os cachorros e apaga as luzes das ruas e das casas, enquanto uiva de forma horripilante.
Antes do Sol nascer, quando o galo canta, o Lobisomem volta ao mesmo lugar de onde partiu e se transforma outra vez em homem. Quem estiver no caminho do Lobisomem, nessas noites, deve rezar três Ave-Marias para se proteger.
Para quebrar o encanto, é preciso chegar bem perto, sem que ele perceba, e bater forte em sua cabeça. Se uma gota de sangue do Lobisomem atingir a pessoa, ela também vira Lobisomem.
Nomes comuns: Lobishomem, Licantropo, Quibungo, Capelobo, Kumacanga (Pará), Curacanga (Maranhão), Hatu-Runa (Equador - América do Sul), El Chupasangre (Colômbia).
Em Roma antiga já era mencionado pelo historiador Plínio. Além de lobo, na Europa, ele, pode se trasnformar também em Jumento, Bode ou Cabrito Montês.
Para virar Lobisomem, o homem se espoja numa encruzilhada onde os animais façam espojadura. Conta-se que o Lobisomem, sai à procura de meninos pagões e, quando os encontra bebe seu sangue. De acordo com a região, ele, é uma pessoa que foi amaldiçoada pelo pai, padrinho ou padre.
Quando a pessoa é branca, vira um cachorrão preto e quando é negro vira um cão branco. Algumas versões dizem que ele sai às noites de quinta para sexta, em busca de cocô de galinha para comer, e por isso invade os galinheiros. Depois disso ele vai em busca de crianças de colo para lamber suas fraldas sujas de cocô.
Para quebrar seu encanto, basta que alguém faça nele um pequeno ferimento do qual saia pelo menos uma gota de sangue. Ou ainda, o acerte com uma bala untada com cêra de vela que queimou em 3 missas de domingo ou Missa-do-Galo, na meia noite do Natal.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário